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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Seminário de Contabilidade Aplicada ao Setor Público

Site CRC-CE

Fonte: http://www.crc-ce.org.br/crcnovo/pages/Seminario_SetorPublico.php

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

MKF CONTABILIDADE NO TWITTER

O lançamento do BLOG no @Twitter ocorreu no dia 10/10/2010. Com essa ferramenta esperamos poder trazer notícias sobre contabilidade, visando aumentar o nível e a velocidade das informações sobre assuntos relacionados a contabilidade que giram na internet.


O @Twitter é um veículo de informação muito rápido, e hoje essa informação vale muito do ponto de vista de quem possui um espírito empreendedor. Então concluímos que não poderíamos ficar de fora dessa ferramenta.


Ao lançarmos o MKF CONTABILIDADE no Twitter abrimos uma gama possibilidades para as pessoas que acessam nosso blog, pois na mídia social @Twitter, estamos conectados as várias empresas, entidades contábeis, universidades, portais de concursos, profissionais da área contábil, onde acreditamos está proporcionando o acesso a um veículo de informação globalizado e eficiente.

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quinta-feira, 7 de outubro de 2010

VIRTUDES E VÍCIOS

VIRTUDES

Segundo Dicionário Michaelis:
“Hábito de praticar o bem, o que é justo; excelência moral; probidade, retidão; Boa qualidade moral; O conjunto de todas as boas qualidades morais; Austeridade no viver; Força moral; valor, valentia, coragem; Ação virtuosa; Castidade, pudicícia; Validade, força, vigor”
A definição de virtude segundo Wikipedia.com.br:
“Virtude é uma qualidade moral particular. É uma disposição estável em ordem a praticar o bem, revela mais do que uma simples característica ou uma aptidão para uma determinada ação boa“.
São todos os hábitos constantes que levam o homem para o bem, quer como indivíduo, quer como espécie, quer pessoalmente, quer coletivamente. No mais alto grau, virtude é o conjunto de todas as qualidades essenciais que constituem o homem de bem.
Segundo Aristóteles:
“Virtude é a medida entre os extremos contrários, a moderação entre os dois extremos, o justo meio, nem excesso nem falta. É uma disposição adquirida de fazer o bem, e elas se aperfeiçoam com o hábito”.
Para Aristóteles, existem as virtudes intelectuais (inteligência) que se relaciona com a parte racional da alma; e as morais (como a generosidade e a temperança) que se relaciona com a parte apelativa da alma.

VIRTUDES INTELECTUAIS
Segundo Sandro Luiz Silva:
“As virtudes intelectuais dizem respeito ao conhecimento das realidades necessárias, e por tanto universais”. Silva, Sandro Luiz. 2008, p.30.

VIRTUDES MORAIS
Segundo Sandro Luiz Silva:
 “As virtudes morais é o hábito ou disposição estável com vistas para praticar o bem. A virtude moral é o meio-termo que é a eqüidistância entre uma falta e um excesso. Por exemplo, a coragem é o meio-termo entre a temeridade e a covardia”. Silva, Sandro Luiz. 2008, p.30.

As virtudes são características resultantes do uso de boas ações e da ética transformados em hábitos. Mas se confundem e se opõe com o que é moral pela correlação com a cultura de um povo.
Segundo Yves de La Taile:
“Naturalmente, em diversas culturas ou em diversos momentos históricos tais características humanas podem receber um tratamento diferente. O que era visto como coragem pelo cavaleiro medieval feudal (arriscar-se em duelos, por exemplo), pode ser visto como temeridade e falta de humildade para um pai de família contemporâneo; e o que é visto como prudência política para um social-democrata pode ser interpretado como covardia para um revolucionário comunista”

VIRTUDES CARDIANAIS
Platão elencou as quatro virtudes cardeais como sendo a prudência, a fortaleza, a temperança, e a justiça. A República,p.87 a 90, e 99.
·         Prudência – ou sabedoria, tem sede na parte racional da alma. É considerada a virtude-mãe humana. Dispõe a razão para discerni-la em todas as circunstâncias o verdadeiro bem e a escolher os justos meios para atingi-lo. Ela conduz a outras virtudes, indicando-lhes a regra a medida.

Segundo Aristóteles:
“... do mesmo modo que a visão é boa para o corpo, a razão é boa para a alma...”

·         Justiça – é considerada uma virtude perfeita, sem a qual a vida coletiva é impossível.

·         Fortaleza – diz respeito à alma irascível e está associada à vontade, dando ao homem ânimo necessário para enfrentar os problemas e os conflitos.

·         Temperança – parte concupiscente da alma. Modera a tração dos prazeres, assegura o domínio das vontades sobre os instintos e proporciona o equilíbrio no uso dos bens criados.
As virtudes são citadas em vários momentos da história, mas são melhor “ordenadas” através do épico Psychomachia, poema escrito por Aurelius Clemens Prudentius intitulado de a batalha das boas virtudes e vícios malignos. Devido à grande popularidade desse trabalho este conceito de virtude ganhou adeptos que ajudaram a espalhar-lo por toda a Europa. As Sete Virtudes como fora descrito no poema afirma que a práticas dessas virtudes protege a pessoa contra tentações dos Sete Pecados Capitais.

AS SETE VIRTUDES SÃO:
·         Castidade – auto satisfação, simplicidade.  Opõe a luxúria.

·         Generosidade – Desprendimento, largueza.  Opõe a avareza.

·         Temperança – Auto-controle, moderação, temperança. Opõe a gula.

·         Diligência – Presteza, ética, decisão, concisão e objetividade. Opõe a preguiça.

·         Paciência – Serenidade, paz. Opõe a ira.

·         Caridade – Auto-satisfação, compaixão, amizade, simpatia. Opõe a inveja.

·         Humildade – Modéstia. Opõe a soberba.

VIRTUDES PROFISSIONAIS
As virtudes são características pelos quais definimos as pessoas e no ambiente profissional não é diferente. As virtudes profissionais são qualidades pessoais que concorrem para o enriquecimento de sua atuação profissional.
Muitas destas poderão ser adquiridas com esforço e boa vontade, aumentando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade profissional, consegue incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais.
Segundo Hesíodo:
“Por trabalho os homens são ricos em rebanho e recursos. E trabalhando muito mais caros serão aos imortais. O trabalho desonra nenhuma, o ócio desonra é!”
O trabalho é o veículo que eleva a prática das virtudes profissionais, que com os hábitos virtuosos nos trazem a felicidade, o real objetivo da raça humana.
Como diz Aristóteles:
“O sucesso ou o fracasso na vida não depende dos favores da fortuna, mas, como dissemos, a vida humana também deve contar com eles; porém o que constitui a felicidade são as atividades virtuosas, e as atividades viciosas nos conduzem à situação oposta”.
As virtudes profissionais são:
·         Responsabilidade – é o elemento fundamental da empregabilidade. É algo que fortaleza a auto-estima da cada pessoa. Pessoas que tem auto-estima e um sentimento de poder próprio sentem sentido na vida, alcançando metas sobre as quais assumem responsabilidade real de maneira consciente.

·         Lealdade – um funcionário leal se alegra quando a organização é bem sucedida, mas essa lealdade não é sinônimo de obediência cega. É possível ser leal e mesmo assim fazer críticas construtivas mantendo-as dentro do âmbito da organização.

·         Iniciativa – tomar iniciativa é ao mesmo tempo ser leal a organização como também significa assumir responsabilidade por sua complementação e implementação.

·         Honestidade – A honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um principio que não admite relatividade, tolerância ou interpretações. Está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a responsabilidade perante o bem de terceiros e a manutenção de seus direitos.

·         Sigilo – o respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois trata-se de algo muito importante.

·         Competência – sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. A competência deve ser sempre buscada.

Segundo Aristóteles:
“A função de um citarista é tocar cítara, e a de um bom citarista é tocá-la bem”

·         Prudência – a prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis.

·         Coragem – A coragem nos ajuda a reagir a críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente quando estamos cônscios de nosso dever. Nos ajuda a defender a verdade e a justiça, principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum.

Segundo Aristóteles:
“O homem que evita e teme a tudo, não enfrenta coisa alguma, torna-se um covarde”.

·         Perseverança – qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois o trabalho está sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o profissional em seu trabalho, sem entregar-se as decepções ou mágoas.

·         Compreensão – qualidade que ajuda muito um profissional, por que é bem aceito pelos que dele dependem. A compreensão é fundamental para aproximação e o diálogo.

·         Humildade – o profissional precisa ter humildade suficiente par admitir que não é o dono da verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas
·         Imparcialidade – é uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos, a defender a os valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas situações que terá que enfrentar. Para ser justo é preciso ser imparcial, logo a justiça depende muito da imparcialidade.

·         Otimismo – o profissional precisa e deve ser otimista, para acreditar na capacidade de realização da pessoa humana, no poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia e bom humor.

 VÍCIOS

Segundo Dicionário Michaelis:
“Defeito físico ou moral; deformidade, imperfeição. Defeito que torna uma coisa ou um ato impróprios, inoperantes ou inaptos para o fim a que se destinam, ou para o efeito que devem produzir. Falta, defeito, erro, imperfeição grave, viciação, viciamento. Disposição ou tendência habitual para o mal. Hábito de proceder mal; ação indecorosa que se pratica por hábito. Costume condenável ou censurável. Degenerescência moral ou psíquica do indivíduo que, habitualmente, procede contra os bons costumes, tornando-se elemento pernicioso ao meio social, ou com este incompatível. Desmoralização, libertinagem”.
A definição de vício segundo Wikipedia.com.br:
“Vício é uma tendência habitual para certo mal, sendo oposto à virtude. É um habito repetitivo que degenera ou causa algum prejuízo ao viciado e aos que com ele convivem.”
A acepção contemporânea está relacionada a uma sucessão de denominações que se alteram historicamente e que culmina com uma relação entre o Estado, a individualidade, a ética e a moral, nas formas convencionadas atualmente. Além disso, está fortemente relacionada a interpretação religiosas, sempre denotando algo negativo, inadequado, socialmente reprimível, abusivo e vergonhoso.
“A virtude é quando se tem a dor seguida do prazer; o vício é quando se tem o prazer seguido da dor”.
O vício relaciona-se com o a perda, a derrota, e, portanto, a queda, fechando um ciclo conceitual que interliga o social, o biológico, o religioso e a ética-moral.
Segundo Aristóteles:
“Vício é sempre o excesso ou falta entre dois pontos extremos opostos, ou falta de medida ou de moderação”.

VÍCIOS CAPITAIS
Os vícios capitais se opõem as virtudes cardinais, popularmente chamados de pecados capitais, dividem-se em:
     Soberba ou orgulho;
    Avareza;
      Luxúria;
       Ira;
        Gula;
        Inveja;
        Preguiça;


Os vícios menores dividem-se em:
         Covardia;
         Fraude;
         Idolatria;
         Inconstância;
         Infidelidade;
         Injustiça;
         Loucura;
         Intemperança;
         Calúnia;
         Ignorância.


Muitas pesquisas encontraram uma relação direta entre prazer (imediato) e dependência, e o poder de atração para um novo ciclo de prazer-depressão, característico de todas as formas de vício. Dessa forma, a despeito de a configuração deste comportamento ser explicada biologicamente, sua avaliação social é paralela aos conceitos de mau, incorreto, indecente, antinatural, arriscado, doentio, perigoso, fatal, evidenciando que a construção histórica do conceito aponta sua prática indiscriminada em direção à morte ou grave degradação biológica do indivíduo viciado, ou seja, o vício é um conceito composto e indissociável, formado por diversas acepções que se sobrepõem nos campos medicinais ou biológicos, históricos, políticos, antropológicos, econômicos, psicológicos e psicanalíticos, religiosos, éticos e morais e, além disso, é um conceito contemporâneo que não existia há algumas décadas, e não pode ser isolado como processo biológico, evidenciando-se a primazia não da química, mas de todo um complexo real e imaginário em torno da individualidade.
Segundo Aristóteles:
“... o homem que se abstém dos prazeres do corpo e se alegra com a própria abstenção é temperante; em contraste, o homem que se aborrece com isso é intemperante; e quem enfrenta coisas temíveis e sente prazer em fazê-lo, ou, pelo menos, não sofre com isso, é corajoso, ao passo que o homem que sofre quando enfrenta coisas temíveis é covarde”.
Como diz Platão:
“Deveríamos ser educados desde a infância de maneira a nos deleitarmos e de sofrermos com as coisas certas; assim deve ser a educação correta”.

 CONCLUSÃO
  
As virtudes são de uma forma clara e objetiva, as características básicas e ao mesmo tempo necessárias para uma vida longa e plena. Os vícios são sempre o oposto das virtudes, na proporção que as virtudes prolongam a vida, proporcionam uma vida em retidão, os vícios são uma espécie de “câncer” que vão consumindo silenciosamente a essência da alma.
Mas analisando esses dois caminhos a serem seguidos, concluímos que ambos são percebíveis que focamos como objeto de análise a rotina. Pois é exatamente através da rotina que iremos identificar as virtudes e os possíveis vícios de um indivíduo.
O que fazemos repetidamente vira hábito.
Exemplo disso é o alcoolismo, um indivíduo bebe socialmente aos finais de semana, somente aos sábados e aos domingos, com o passar do tempo, ele começa alegando que bebe na quarta por causa do futebol, na quina por causa do caranguejo. Daqui a algum tempo além desses dias “importantes” ele começa a beber também nos dias que tem problemas. Conclusão se houver problemas na segunda, beberá na segunda, ou na terça, não importa. Ele fez da “cervejinha” um hábito e esse hábito virou vício e esse vício irá consumi-lo. Esse indivíduo será conhecido como alcoólatra.
Da mesma forma acontece com as virtudes, se o indivíduo decide praticar ações virtuosas, ele quer mudar de vida, ele almeja um relacionamento social mais agradável com os grupos sociais que freqüenta (família, trabalho e etc..) então escolhe sempre optar pelas decisões que levam como base, a justiça, a verdade e a temperança, e repeti isso todos dias de sua vida, vira hábito, e daqui algum tempo ele nem perceberá mas ficou automático. Ele será conhecido pelos seus atos de justiça e será respeitado pela retidão e a temperança com que guiou sua vida.
Mas para que seja melhor entendível como devemos identificar, ou melhor, distinguir entre essas duas vertentes.
A virtude, o bem propriamente dito, segue da seguinte forma: sentimos primeiro a dor, passamos pela luta, para somente depois recebermos o regozijo por nossas ações, o “troféu”, ou seja, o prazer vem depois.
Exemplo: o trabalho, onde trabalhamos duro para depois de certo período receber nosso salário.
 O vício, ou o mau hábito, segue da seguinte forma: sentimos primeiro o prazer, para depois passarmos pela luta ou pela dor e geralmente seguido de culpa.
Exemplo: com relação ao roubo, gastamos o dinheiro do roubo com coisas que nos dão prazer, mas depois que o dinheiro acaba, vem a prisão, juntamente com a humilhação e a culpa.
Concluímos que todos nós somos passíveis das virtudes e principalmente dos vícios. Sempre há uma escolha, devemos usar do bom censo para tomarmos sempre a decisão correta, sem através do meio termo ou mediana, para que não erremos nem pelo excesso e muito menos pela falta.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
  
Platão. A República. Ed. Martim Claret, 2002.
_______http://michaelis.uol.com.br
_______www.wikipedia.com.br
_______http://tpd2000.vilabol.oul.com.br/etica2.htm
TAILLE, Yves de La. Para um estudo psicológico das virtudes morais, USP. 2000.
_______www.newton.freitas.nom.br/artigos.asp
_______www.scielo.br/scielo.php